10 de set. de 2010

Jogos eletrônicos têm potencial para ensinar

A movimentação em comunidades virtuais voltadas a discutir estratégias e situações de jogos de computador e videogame permite supor que jogadores que de fato se envolvem com o enredo dos jogos não se restringem à tela e às tentativas incessantes para melhorar o desempenho. Eles são, sim, estimulados a buscar conteúdo que lhes permita desenvolver técnicas e estratégias.

Pelo menos é o que afirma o artigo "Gamers brasileiros: quem são e como jogam?", de Lynn Alves e Tânia Maria Hetkowski. "Nas comunidades de jogadores, as discussões giram em torno das estratégias dos jogos e até questões relacionadas com as narrativas que exigem conhecimento científico. Um exemplo é a comunidade do jogo Metal Gear Solid, existente no Orkut, na qual os membros discutem questões que vão desde clonagem, terrorismo internacional a questões filosóficas que aparecem de forma implícita no game", diz o texto.

Lynn, professora e pesquisadora do Departamento de Educação da Uneb (Universidade do Estado da Bahia), vai além e afirma que, para entender melhor as questões mitológicas apresentadas no jogo God of War, os jogadores, às vezes, buscam fontes para confrontar as informações apresentadas. "Um jogo é sempre uma situação problema, que exige confrontação o exercício de habilidades e administração de recursos. Tudo isso é aprendizagem cognitiva que pode ser utilizada em outras situações, como quando é preciso realizar planejamentos diversos", explica ela.

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