23 de mar. de 2010

Só 0,2% dos inscritos são aprovados para ser trainee

Faltava pouco tempo para o fim do curso da então estudante Bianca Bettio, 26 anos. Além de terminar a graduação, ela precisava se preocupar com o futuro profissional, já que junto com a faculdade, o estágio também terminaria. A aposta foi nos programas de trainee como alternativa ao ingresso no mercado de trabalho. Para conquistar uma vaga, a psicóloga se inscreveu em dez processos seletivos. Em alguns casos a reprovação foi imediata. Em outros, no entanto, chegou muito perto de ter sua chance. Mas só depois de superar a concorrência de 1.714 candidatos que, ao lado dela, brigavam por uma vaga, conquistou uma das dez oportunidades disponíveis numa multinacional do setor de papel e celulose.

Mesmo com o sucesso na seleção, Bianca sabe e admite que vencer essa etapa não é tarefa simples. "A dificuldade não está nas etapas dos processos seletivos, mas sim na alta concorrência", enfatiza a psicóloga, formada em 2008, pela PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas). A concorrência dos processos de seleção para programas de trainee é evidenciada inclusive em estudos. Aquilo que os jovens sabem por experiência, Jaqueline Silveira Mascarenhas, coordenadora do Departamento de Carreiras do Ibmec Minas Gerais, demonstra com números. Segundo seus dados, apenas 0,2% dos candidatos inscritos nos programas de trainee são aprovados. Índice muito menor do que os vinculados aos processos seletivos das Instituições de Ensino Superior públicas. A última edição do vestibular da USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, recebeu mais de 128 mil candidatos para apenas 10.622 vagas. A concorrência do curso de medicina, o mais concorrido da universidade, chega a 41 estudantes por vaga.

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